São poucas as hor
as que durmo por noite, são poucos os momentos que resultem em abstracção, são poucas as vezes que os meus olhos não brilhem de lágrimas, são inexistentes as horas em que não choro por dentro.
Apesar de não me cansar de acreditar em ti, sinto que não estás bem, pressinto que não estás nem a 10 %. Pressinto ainda pior, que não és a mesma pessoa nem nunca serás mais. E isso custa-me, custa-me mais que qualquer outra coisa na vida. Custa-me não te ter em presença, apenas em lembrança. E então lembro-me e relembro-me. É impossível apagar da minha memória o teu sorriso, os teus olhos a brilharem, o teu doce conforto. É impossível algum dia conseguir deixar de imaginar as tuas mãos entrelaçadas nas minhas e o quanto o meu coração se sentia satisfeito com isso; os teus sábios conselhos e quantas vezes eu os quis negar (que nunca cheguei a negar, porque apesar de me fazer de difícil és a única que me conheces de cor); as tuas únicas premonições, que sempre davam certo.
É por isso que te trago comigo! Trago sempre comigo o teu sorriso, o teu grande sorriso que me está no coração, e em segredo abraço-me a ele à noite, em silêncio e só lhe peço que me guardes. Que me guardes para sempre. Peço-lhe que não me abandones nem me deixes mais enclausurada em memórias, peço-lhe que da próxima vez que te vir que não seja de olhos fechados e em silêncio. Peço-lhe para que não me deixes mais sozinha, a sofrer em silêncio. Peço-lhe para que voltes, feches os olhos e me abraces, me digas repetidamente e vezes sem conta que sou a única coisa que tens, como sempre me disseste e no fim sorrias e me abraces de novo, me dês todo o teu amor, como sempre guardaste só para mim. Quero que vivamos sempre como vivemos, em amor, porque é disso que somos feitas, e quero que continues comigo, porque somos tão uma da outra.
3 comentários:
Olá Inês. Gostei do que escreveste e ao mesmo tempo fiquei triste. Conheço a tua mãe desde pequenina e embora estivesse ausente em Angola e depois do meu regresso não tivesse uma grande convivência com ela (aliás não convivia muito com as pessoas da Antes, nem porque renegasse as minhas origens, mas por muitos de vós os mais jovens eu já não vos conhecer). Mas sempre me dei bem com a tua mãe, a tua tia e os teus avós Manuel e Rosa.
Ao ler o que escreveste no teu blog fiquei com a impressão de que a tua mãe está doente? É assim? Se assim for desejo-lhe rápidas melhoras.
Um beijo do João da Ti Mabília
Está lindo miúda, amei *.*
Estou a seguir o teu blog, não conhecia esse teu lado de escritora :D *
Obrigado princesa, <3
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